Os líderes das bancadas parlamentares do
Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC) e do Partido
da Renovação Social (PRS), qualificaram a Mesa Redonda sobre a Guiné-Bissau, à
realizar-se no mês de março em Bruxelas de “balão de oxigénio” para o
desenvolvimento do país.
Em declarações exclusivas à ANG, o líder
da bancada do PAIGC, Califa Seide, manifestou a sua esperança sobre o sucesso
daquele evento e justificou que o mesmo constitui o ponto de partida para a
criação de recursos necessários ao relançamento da economia nacional.
Segundo aquele parlamentar, a Mesa
Redonda suscitou expectativas no seio dos deputados da Assembleia Nacional
Popular (ANP), porque, caso tenha sucesso, poderão ser mobilizados recursos
necessários para a implementação do Programa de Desenvolvimento do país.
Quanto aos trabalhos de preparação,
afirmou que o governo tem se empenhado nos preparativos da Mesa Redonda,
nomeadamente com a elaboração do programa de desenvolvimento ao médio prazo
(2015-2020).
Já ao nível do programa de longo prazo
disse que estão sendo consolidadas as bases para se avançar para um verdadeiro
desenvolvimento do país, onde a população guineense estará no centro da
atenção.
“A fase pós-Mesa Redonda será crucial.
Por um lado temos que ter estabilidade política, instituições a funcionar
normalmente e um entendimento comum. E tem que haver um clima de estabilidade
político que vai permitir aos doadores terem a confiança de disponibilizarem os
recursos prometidos ao país”, aconselhou.
Por sua vez, o líder da bancada do
Partido da Renovação Social, Certório Biote disse que a Mesa Redonda de
Bruxelas é um evento de extrema importância, porque o governo terá a
possibilidade de transmitir aos doadores, os seus planos para “salvar” o país
da difícil situação em que se encontra.
“O Governo terá a oportunidade de
discutir com grandes parceiros, bilaterais e multilaterais de desenvolvimento
sobre o país. Daí serão enquadrados e avaliados os projectos apresentados, de
acordo com o próprio texto da Mesa Redonda, e caso venham a ser aceites pelos
doadores será um balão de oxigénio para o país”, disse.
Segundo o líder da bancada parlamentar
da segunda maior formação política do país, essa iniciativa do governo merece
um louvor da parte da bancada.
Biote explicou que o país precisa de uma
mesa redonda tendo em conta o seu passado turbulento de sucessivos golpes de
Estado e várias convulsões.
Conforme aquele responsável político,
depois da realização das eleições gerais no país espera-se que o governo
realize muitas coisas através dos resultados desta Mesa Redonda.
Certótio Biote disse que, com todo o
trabalho realizado no quadro organizacional do evento, deixou-se a impressão de
que tudo correrá bem.
Entretanto, considera que não só o
governo deve preocupar-se com a Mesa Redonda mas sim a Guiné-Bissau em geral.
Com Agencia Noticiosa da Guiné-Bissau
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