quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O Presidente da República, José Mário Vaz, afirma que “justiça sem advogados não é justiça”

O Presidente da República, José Mário Vaz afirmou esta quarta-feira, 24 de Fevereiro, que justiça sem advogados não é justiça. O Chefe de Estado falava durante a cerimónia de empossamento do novo Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Basílio Mancuro Sanca.

A cerimónia de investidura do novo Bastonário decorreu num dos hotéis da capital e juntou diferentes personalidades do país, corpos diplomáticos, académicos bem como advogados.

José Mário Vaz disse no seu discurso que enquanto Chefe de Estado e símbolo da unidade de toda a Nação guineense, ele assume o papel do promotor e garante do bom relacionamento institucional entre diferentes forças políticas, socioprofissionais, económicas e culturais do país.

O Chefe de Estado assegurou ainda que a sua presença no acto de empossamento, testemunha a sua total disponibilidade de tudo fazer para que as relações com todos os actores do sistema de justiça, sejam abertas e construtivas.

“A ordem dos advogados é chamada perante a sociedade guineense a assumir as suas responsabilidades na tarefa de boa administração da justiça; tolerância zero contra corrupção, tráfico de influência, abuso de poder e nepotismo; na participação activa e apresentação de propostas concretas sobre assuntos das reformas em curso e necessárias, ousando assim compatibilizar as suas legítimas aspirações com o interesse da sociedade” notou.

O novo Bastonário da Ordem dos Advogados, Basílio Mancuro Sanca afirmou que a nova direcção está ciente das dificuldades que irá encontrar no cumprimento da missão para qual foi eleita. Essas dificuldades, prossegue o presidente da Ordem dos Advogados, “são resultado da conjugação de diversos factores, nomeadamente a crise do Estado de direito, a justiça profundamente atingida na sua dignidade e prestígio pela corrupção, a falta de investimento público sério no sector e a ditadura dos poderes públicos”.


Sanca alertou ainda a Assembleia Nacional Popular (ANP), o Governo e a Presidência da República que a justiça neste momento constitui a prioridade maior do Estado, condição essencial para a restituição da confiança dos cidadãos nas instituições da República.Com Odemocrata

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