O Brasil e a Guiné-Bissau ficaram de fora da lista dos
novos cardeais que o Papa Francisco criará no Consistório de 14 de Fevereiro.
Todavia, os países que fala língua portuguesa estão representados com arcebispos de
três países: Portugal, Cabo Verde e Moçambique.
Portugal
Para o Patriarca de Lisboa, Dom Manuel
Clemente, a escolha de Francisco aconteceu de forma “surpreendente” e será uma
oportunidade para “colaborar mais diretamente” com o Papa, cujos “pontificado e
pensamento” o Patriarca se identifica “absolutamente”.“Essencialmente, o que
ele me pede é para ser Bispo de Lisboa. Boa vontade essa não falta”, declarou
Dom Manuel Clemente à Agência Ecclesia.
Cabo
Verde
Já o Governo de Cabo Verde considera a
nomeação do Bispo de Santiago, Dom Arlindo Furtado, um marco para o país
africano. "É um momento histórico sem precedentes e simboliza a relação
entre Cabo Verde e a Santa Sé. Para nós, é um momento de alegria e partilhamos
essa alegria com o recém-nomeado. Estou certo de que vamos continuar a
trabalhar juntos no sentido do reforço das relações do Estado de Cabo Verde com
a Santa Sé", reforçou o ministro cabo-verdiano do Meio Ambiente, Antero
Veiga. A Igreja Católica em Cabo Verde tem duas dioceses, Santiago e Mindelo,
que integram a Conferência Episcopal Interterritorial, com os bispos de
Senegal, Mauritânia e Guiné-Bissau.
Moçambique
“Agradeço, mas não fiz nada”: esta foi a
reação do Bispo emérito de Xai-Xai, sul de Moçambique, Dom Júlio Duarte Langa,
à notícia de que será criado Cardeal pelo Papa Francisco. Dom Langa não terá
direito a voto num eventual conclave, pois nasceu em 1927 e já superou os 80
anos. Em maio de 1976, o Papa Paulo VI nomeou-o bispo da Diocese de João Belo,
que pouco tempo depois retomaria o nome antigo de Xai-Xai. Dom Júlio Langa
esteve à frente daquela Diocese por 28 anos, tornando-se emérito em junho de
2004.
//RV
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