segunda-feira, 23 de março de 2015

Universidade de Aveiro e Guiné-Bissau estudam restauro de edifícios coloniais

Técnicos da Universidade de Aveiro estão a estudar a possibilidade de ajudar o Governo da Guiné-Bissau no restauro de "todos os edifícios coloniais com valor arquitetónico", na ilha de Bolama.

Técnicos da Universidade de Aveiro estão a estudar a possibilidade de ajudar o Governo da Guiné-Bissau no restauro de edifícios coloniais na ilha de Bolama, uma das antigas capitais da então província portuguesa, disse à Lusa fonte oficial.

Abu Camará, secretário de Estado do Ordenamento do Território guineense, adiantou à Lusa existirem conversações com a universidade portuguesa no sentido de “todos os edifícios coloniais, com valor arquitetónico” em Bolama serem restaurados.

Situada no arquipélago dos Bijagós, Bolama foi capital da Guiné até 1941, altura em que esse estatuto passou para Bissau, mas a cidade permanece conhecida pelos edifícios de traços marcadamente coloniais, votados ao abandono e em grave estado de degradação.

O Governo guineense pretende também aproveitar a experiência da Universidade de Aveiro para abrir em Bolama um curso de formação de jovens em matéria de restauração de edifícios.

“O trabalho requer uma especialização que nós não temos, por isso vamos trabalhar com a Universidade”, observou Abu Camará, uma ideia já defendida pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.

O executivo guineense pretende intervir nos 38 setores do país, mas para já escolheu quatro cidades para projetos-piloto no âmbito de um plano de intervenção urbana “de grande vulto”, adiantou o secretário de Estado do Ordenamento de Território.

Um gabinete português de consultoria em arquitetura, a BO Associados, foi contratado pelo executivo guineense para apresentar um estudo de reabilitação urbana destas cidades e um plano geral para os demais setores.

Bolama, Cacheu (norte), Bafatá (leste) e Bissau, foram escolhidas pelo Governo como cidades piloto para levar a cabo uma série de obras de beneficiação de edifícios, ruas, esgotos e rede elétrica.

Em Bolama, Cacheu e Bafatá serão reabilitadas, pelo menos, cinco quilómetros de ruas com pavimento, observou Abu Camará.

Cada uma das três cidades será preparada para albergar novos polos de desenvolvimento.


Bolama será um polo universitário para formação de professores e turismo, Bafatá um polo agrícola e Cacheu albergará um polo universitário ligado ao turismo.

//Lusa

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