segunda-feira, 27 de novembro de 2017

AS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONARIAS DO POVO DA GUINÉ-BISSAU ESTÃO DE LUTO, PELO FALECIMENTO DO BRIGADEIRO GENERAL LASSANA INDAMI

“O tempo voa e a escrita fica”! As Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), garante da integridade territorial estão de luto. Faleceu no Hospital Militar Principal, Amizade Sino-Guineense, vítima de doença prolongada, o Brigadeiro General Lassana Indami, Chefe da Divisão de Serviço de Produção das Forças Armadas.

Este homem que deixou exemplos a seguir, seja no processo da luta armada pela liquidação total da dominação colonial na Guiné e Cabo Verde, seja no desenvolvimento da produção agrícola nas forças armadas de Guiné-Bissau. Nunca abandonou os campos agropecuários de Fã Mandinga, Bidinga Nanhassé e o campo agroindustrial de Salató. Se ocupava sempre na produção de arroz, batata-doce, milho, mandioca, abobada, amendoins e um pouco de limão.

Não obstante de ser General, Indami foi um homem do campo que consagrou todo o resto da sua vida no combate a fome e miséria na sociedade guineense.

Implementou em 2016 pela primeira vez, a horticultura nas unidades militares de Bissau com o objectivo de melhorar a dieta alimentar dos militares.

Contribuiu positivamente na reabilitação dos edifícios do campo agropecuário de Fã Mandinga e na construção de um armazém para arrecadação dos produtos agrícolas e um alojamento para o pessoal que trabalha campo de Salató.

Neste momento de dor e de consternação, viemos num ambiente impar em que, os nossos valiosos e filhos dignos do nosso Povo, que deram todas as suas energias e capacidade para o bem-estar da nossa querida Pátria, estão a desaparecer duma forma lenta no nosso seio.

Viemos hoje a enterrar no solo Pátria que tanto amou e dedicou toda a sua Juventude, energia e capacidade para a defesa da Nação Guineense o nosso colega, amigo, Irmão, Pai, Tio, e Companheiros de Armas, Brigadeiro General Lassana Indami, Combatente da Liberdade da Pátria, que faleceu no dia 20 de Novembro de 2017, vítima de uma doença prolongada.

Viemos pois acompanhar a sua última morada e despedimo-nos de um Militar exemplar, homem humilde que soube transmitir a sua virtude, abnegação e determinação no cumprimento das suas missões e na conduta das Tropas.

Para melhor conhecer este combatente exemplar apresentamos a biografia do Brigadeiro General Lassana Indami:
Brigadeiro General Lassana Indami, filho de José Indami e de Dango M’Bana, natural de Farim, sector da Farim, Região de Oio nasceu em 15 de Setembro de 1949.

Em 10 de Outubro de 1963 o malogrado engrossou na fileira das FARP na frente Norte e no mesmo ano foi chamado pelo camarada Amílcar Lopes Cabral, para a Formação do 1º Corpo de Exército em Kaurande, tendo regressado em 1965 para o Sector de Morés;

Em 1967 foi nomeado Comandante de Pelotão em Mansode, Em 1968 foi nomeado Comandante de Bi grupo;

No dia 23 de Novembro de 1970, o Brigadeiro General Indami foi enviado para uma missão de reforço na República da Guiné com finalidade de defender as nossas posições militares contra o assalto efectuado pelos colonialistas Portugueses;

Em 1970 foi escolhido com alguns dos seus companheiros da luta, pelo Amílcar Lopes Cabral para irem frequentar o curso de Fuzileiro Naval na antiga União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS);

Em 1972, foi nomeado Comissário Político de Fuzileiro Naval em Cobiana (Chão de Manjaco);

Em 1973, foi transferido para Morés como comandante do Corpo de Exército, função que desempenhou até a independência;

Em 1975, foi nomeado Adjunto Chefe de Estado Maior do Batalhão de Infantaria de Mansoa;

Em 1976 foi transferido para Batalhão Mecanizado de Bafatá desempenhando as mesmas funções e no mesmo ano foi transferido para o Sul do Pais como Comandante de Batalhão;

Em 1977 - 19 78 foi transferido para Zona Leste como Comandante de Batalhão de Gabú;

Em 1979 o General deixou o país para Cabo-Verde para frequentar a Escola de Superação dos Oficiais;

Em 1982, nomeado Comandante de 2ª Companhia no Batalhão da Presidência da República;

Em 1985 foi detido na sequência de caso de 17 de Outubro e tendo após o julgamento, transferido enquanto prisioneiro para Ilha de Caraz;

Em 1999 foi nomeado Adjunto Comandante de Zona Militar Sul e mais tarde Comandante da Zona Militar Norte;

Em Dezembro de 2001, é colocado no Leste como comandante de Zona Militar Leste;

Em 2002, foi transferido Mansoa como comandante de Zona Militar Norte;

Em 2004, nomeado Comandante de Zona Militar Centro;

Em 2005, nomeado Comandante Geral das Tropas de Guarda-Fronteira;

Em Março de 2012, foi nomeado Chefe da Divisão de Serviço da Produção de Estado Maior General das Forças Armadas (tendo neste caso promovido ao posto de Brigadeiro General), função que desempenhou até data da sua morte.

Neste momento de dor e de consternação, de Estado Maior General das Forças Armadas, os colegas, amigos, irmãos e companheiros de arma aproveitam a ocasião para apresentar as suas sentidas condolências a toda família enlutada. Com as FARP’s

sábado, 25 de novembro de 2017

Promoção de produtos agrícolas rubricada por Bissau e Dakar

Bissau e Dakar rubricaram esta sexta-feira um acordo de parceria comercial para a promoção de produtos agrícolas, por ocasião da visita do ministro senegalês do comércio a Bissau juntamente com uma delegação integrada por empresários e representantes do sector bancário.

O ministro do Comércio, Indústria e Sector Informal, Alioune Sarr, deslocou-se a Bissau junto de uma delegação integrada por importadores e bancários.

Alioune Sarr conseguiu traçar um plano de escoamento dos produtos agrícolas da Guiné-Bissau para o Senegal.

A visita de algumas horas desta delegação senegalesa a Bissau permitiu estabelecer contactos ao mais alto nível com o Presidente da República, o primeiro-ministro, responsáveis do comércio e da agricultura, bem como o sector privado.

No final, os ministros do comércio dos dois países rubricaram um acordo de cooperação entre Bissau e Dakar no domínio de comércio para aumentar e diversificar as exportações.

A Guiné-Bissau tem a capacidade de produzir cerca de duzentas mil toneladas de batata-doce, mandioca e mancara que podem alimentar as indústrias senegalesas de transformação.

O ministro senegalês do comércio, consumo e de promoção das pequenas e médias empresas, Alioune Sarr, realçou a vontade dos dois chefes de Estado em levar a cabo a campanha de promoção de produtos locais.

O ministro guineense do comércio e promoção empresarial, Victor Mandinga, afirmou que este acordo de parceria vai melhorar a balança comercial da Guiné-Bissau, com apoio do sector senegalês. Com RFI

A ONU VAI APOIAR A PRÓXIMA ELEIÇÃO LEGISLATIVA NA GUINÉ-BISSAU EM 2018

A ONU vai apoiar o próximo processo de eleição legislativa no país em 2018, anunciou esta quarta-feira o representante Especial-Adjunto do Secretario geral e Coordenador do Sistema das Nações Unidas.

Segundo David Mclachian-Karr, a ONU no quadro dos seus mandatos, continuará a responder a demanda do povo guineense e prestará assistência técnica e financeira a comissão nacional das eleições (CNE), que tem o papel fundamental para realização do escrutínio.

“A missão das Nações Unidas no país, através do Gabinete Integrado para a Consolidação da Paz (UNIOGBIS) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PUND), no quadro dos seus mandados e apoio político e técnico respectivamente, continuarão a prestar a assistência técnica e financeira quando for solicitado pelo povo guineense”, declarou o representante adjunto de António Guterres na Guiné-Bissau.

Mclachian-Karr, discursava num dos hotéis da capital a margem da abertura do seminário subordinado ao tema “Liderança, Sistema Eleitoral e Gestão de Contenciosos Eleitorais”, destinado aos Partidos Políticos, Sociedade Civil e Mídias, organizado pela “CNE”.

Na ocasião, o presidente Interino da “CNE, José Pedro Sambú, disse que tem sido apanágio da “CNE” partilhar experiencia eleitoral com todas entidades e personalidades interessadas no processo, visando o aperfeiçoamento do processo eleitoral a dimensão almejada.

“Tem sido privilégio da comissão nacional da eleição criar experiência com várias organizações interessadas no processo eleitoral no sentido de promover transparência de conhecimento, apoiando os esforços da adaptação no contexto das nações, formação visando a modernização da administração eleitoral guineense e aperfeiçoamento do processo eleitoral a dimensão almejada” observou Pedro Sambu.

O encontro, vai contribuir para reforçar a capacidade dos delegados dos partidos políticos, membros da sociedade civil e jornalistas com trocas de informação, experiências e conhecimento entre diferentes atores.

Neste três dias de intenso trabalho, o resultado servirá para engradecer positivamente o processo eleitoral, referiu o representante Especial-Adjunto do Secretario geral e Coordenador do Sistema das Nações Unidas.


David Mclachian-Karr, disse que a ONU espera que os resultados deste seminário permita criar uma cultura de aproximação e diálogo entre as partes interessadas no processo eleitoral, como condições tácitas para que a eleição seja cada vez melhor organizada. Com a radio Jovens da Guiné-Bissau

Um memorial aos escravos para que Portugal se ponha no lugar das vítimas

«Que Portugal teve um papel absolutamente central no tráfico de escravos durante 400 anos já ninguém põe em causa, pelo menos no meio académico, mas esse reconhecimento não se transformou ainda, como aconteceu já noutros países que a ele estiveram ligados, numa justa homenagem aos milhões de homens, mulheres e crianças africanos, sobretudo, exportados como qualquer outra mercadoria para o Brasil ou São Tomé, territórios de grandes plantações de café, cana-de-açúcar e cacau. Não há em Portugal um museu da escravatura, como em Liverpool, nem um monumento onde este comércio de seres humanos seja evocado para que a sua memória contribua para o debate sobre o racismo na sociedade contemporânea, como acontece em Paris ou em Amesterdão. E não há porquê?»

Entre as dezenas de propostas a concurso no orçamento participativo de Lisboa há uma que nos obriga a olhar para uma parte da história do país que é dolorosa e que foi durante décadas silenciada. Homenageia os milhões de pessoas que foram escravizadas. A votação termina esta quarta-feira.

POR: LUCINDA CANELAS, NO PUBLICO

Que Portugal teve um papel absolutamente central no tráfico de escravos durante 400 anos já ninguém põe em causa, pelo menos no meio académico, mas esse reconhecimento não se transformou ainda, como aconteceu já noutros países que a ele estiveram ligados, numa justa homenagem aos milhões de homens, mulheres e crianças africanos, sobretudo, exportados como qualquer outra mercadoria para o Brasil ou São Tomé, territórios de grandes plantações de café, cana-de-açúcar e cacau. Não há em Portugal um museu da escravatura, como em Liverpool, nem um monumento onde este comércio de seres humanos seja evocado para que a sua memória contribua para o debate sobre o racismo na sociedade contemporânea, como acontece em Paris ou em Amesterdão. E não há porquê?

A Djass – Associação de Afrodescendentes quer agora contrariar este cenário de “invisibilidade pública”, assim lhe chamam, e propôs a criação de um Memorial às Vítimas da Escravatura num dos relvados da Ribeira das Naus, junto à Praça do Comércio, no âmbito do orçamento participativo de Lisboa, cuja votação termina esta quarta-feira.

Com este projecto os membros da associação querem “relançar o debate sobre o papel do país no comércio de pessoas escravizadas” e forçar uma reflexão sobre a relação deste passado histórico com o racismo, explica a sua presidente, Beatriz Gomes Dias. “Portugal precisa deste memorial para que se instale de uma vez por todas a ideia de que a escravatura não é uma coisa arrumada no passado. Há uma continuidade clara entre a escravatura, os trabalhos forçados que persistiram depois de ela ter sido abolida e o racismo que hoje atravessa a sociedade e que Portugal continua a recusar discutir aprofundadamente”, defende. E Lisboa, palco primordial deste “comércio hediondo” – os escravos eram transacionados entre a Ribeira das Naus e o Campo das Cebolas -, é o local indicado para este monumento.

O memorial será, idealmente, um passo prévio a um museu da história da escravatura e do colonialismo que a presidente da Djass, fundada em 2016, gostaria de ver nascer em Portugal. “Quanto mais soubermos sobre esta parte da história, melhor seremos capazes de compreender a nossa sociedade de hoje. O memorial é importantíssimo para milhares e milhares de portugueses não brancos, mas também para todos aqueles que querem ter uma visão tão abrangente quanto possível da sua história.”

Caso venha a ser um dos vencedores desta edição do orçamento participativo, o monumento às vítimas da escravatura deverá depois contar com a participação de outras organizações de afrodescendentes e de imigrantes africanos: “Não existe ainda uma proposta física, desenhada. O que sabemos é que queremos ouvir as pessoas e depois entregar o projecto a um criador africano ou afrodescendente porque foi de África que veio a maioria dos escravos que Portugal transaccionou.”

Isabel Castro Henriques, investigadora que tem dedicado boa parte do seu tempo ao estudo da história de África e do papel que nela tiveram a escravatura e o tráfico negreiro transatlântico, aplaude a proposta, sobretudo porque ela vem marcar “um período da história de Portugal que mexe com muitas vidas humanas, com pessoas que tiveram um papel fundamental na construção do país” e cujo contributo se tardou a reconhecer. “Um memorial como este já devia ter sido feito porque nós fomos uma nação esclavagista entre os séculos XV e XIX e, mesmo depois, continuou a haver tráfico clandestino e muitas formas de escravatura dissimulada. Por muitas razões de ordem histórica e ética, demorámos a tratar esta parte do nosso passado, silenciámos estes factos incómodos para os portugueses, esta memória dolorosa.”

Mesmo nas universidades, só nos últimos anos o tema da escravatura passou a ser abordado de forma mais sistemática, embora haja ainda muito a fazer, defende esta historiadora que foi consultora da equipa que criou o Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro no Cacheu, Guiné-Bissau, que foi inaugurado no ano passado. “Antes do 25 de Abril não se pegava no tema por razões óbvias e, depois, houve outras prioridades. A escravatura no império português tornou-se uma questão adormecida. E desde aí temos vindo a andar devagarinho, mais intensamente nos últimos anos.” E precisamos de o fazer, diz Castro Henriques, para melhor participarmos no debate, “importantíssimo”, sobre “o racismo que continua a marcar a sociedade portuguesa”.

O historiador Diogo Ramada Curto, que leccionou na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova a cadeira de História da Escravatura, cuja criação propôs, diz que é precisamente o “sentido de cidadania” que justifica um memorial da escravatura em Lisboa. “Não adianta esquecer o sofrimento das migrações forçadas, do racismo, da exploração do trabalho e da violência exercida quotidianamente”, defende este professor catedrático de Estudos Políticos. “A nossa responsabilidade de cidadãos – num mundo que se pretende fundado em valores de igualdade, liberdade e progresso – implica identificar e prestar homenagem aos que foram vítimas de tanto sofrimento e alienação.”

O monumento proposto para a Ribeira das Naus é, também, uma oportunidade de aprendizagem sobre a escravatura, “os seus ritmos, os seus padrões, os seus modos de resistência, no âmbito de uma história comparativa e de aspiração global que não transforme o caso português numa excepção, mais ou menos, luso-tropical”.

A comparação de “histórias” – as das grandes potências europeias que tiveram impérios coloniais – e as novas formas de escravatura, atingindo outras populações, interessam também a Castro Henriques: “Temos ainda muito a fazer para tirar ‘o outro’ desse lugar obscuro e de discriminação para onde o empurrámos e onde, de certa maneira, ainda está.”

Colocarmo-nos no lugar do “outro” é precisamente o que esta homenagem a concurso no orçamento participativo permite, acrescenta Ramada Curto: “Um memorial da escravatura obrigar-nos-á a adoptar o ponto de vista das vítimas. Ao distanciarmo-nos da celebração dos heróis, educar-nos-emos com o estudo dos que foram vítimas de processos de acumulação de riqueza, cuja herança nós representamos.”

Para Beatriz Gomes Dias, presidente da associação de afrodescendentes, o memorial é, também, “uma forma de reparação”, um “pedido de desculpas” a gerações e gerações de africanos. “Quando o Presidente da República esteve em Gorée [que funcionou como um importante entreposto de escravos português entre os séculos XVI e XIX] só falou do papel excepcional do Marquês [de Pombal] na abolição da escravatura, não falou do papel de Portugal como país esclavagista. Há uma recusa em reconhecer e emreparar este passado. E é uma recusa que é de hoje.”

Um memorial da escravatura impõe-se, remata Diogo Ramada Curto, “para que a história não nos obrigue – com as suas lições, mitos e visões parciais –, mas para que nos liberte dos usos abusivos e fantasmagóricos do passado”.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Guiné-Bissau: O Museu Militar de Luta de Libertação Nacional abriu suas portas ao público

As visitas que, segundo o responsável do museu, ainda se fazem nos sábado e domingo no horário único, das 9 as 17 horas, são gratuitas, uma oportunidade dada ao público e interessados desejando conhecer as realidades da luta armadas pela descolonização dos povos da Guiné e Cabo Verde.

Trata-se de uma coincidência ou destino natural, o primeiro visitante oficial que o Museu Militar de Luta de Libertação Nacional recebeu no dia 13 de Outubro 2017 foi o ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, que se encontrava no país em visita privada. Este antigo governante que já deixou a vida política activa, efectuou uma visita de cortesia ao Chefe do Estado Maior General das FARP, General Biaguê Na N´Tan.

Luís Amado visivelmente satisfeito com os trabalhos realizados nesta primeira fase da criação do Museu Militar, saudou a iniciativa e encorajou as forças armadas a levar avante o projecto. A partir de 13 deste mês, o Museu Militar acolheu mais de 300 visitantes entre os quais estudantes das diferentes escolas, combatentes, militares, entidades estrangeiras, jovens de bairros de Bissau.

Porém, para fazer chegar a mensagem da existência do museu, o Estado-Maior General das Forças Armadas produziu um comunicado no qual comunica a todos os cidadãos nacionais e internacionais de que são permitidas as visitas ao Museu Militar todos os Sábados e Domingos das 9 as 17 horas.

Assim sendo, o Estado-Maior General apela todas as entidades nacionais e estrangeiras, Combatentes de Liberdade da Pátria, pessoas individuais e colectivas que possuem documentos, dados bibliográficos dos combatentes, vestuários, fotografias e outros instrumentos ligados a história da Luta de Libertação Nacional, que façam o favor de os lhes fornecer para enriquecer o Museu Militar da Luta de Libertação situado na Amura.

Nesse sentido, prossegue o comunicado, o Estado-maior General convida todos os interessados a visitar o referido Museu.


Para além do museu, os interessados poderão também visitar o Anfiteatro João Bernardo Vieira (Nino) e Sala de Operações André Pedro Gomes, dois combatentes lendários da Luta de Libertação Nacional que dirigiram respectivamente entre várias operações militares, ”a Operação de Guiledje em 1973” e “o Ataque contra o aeroporto de Bissalanca em 1968”. Com as FARP’s

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

GOVERNO DE JAPÃO DOA 1 BILHÃO DE FRANCOS CFA PARA CANTINAS ESCOLAR

O governo japonês e o Programa Alimentar Mundial (PAM) sediada na Guiné-Bissau rubricaram esta segunda-feira (20 de Novembro) um acordo de cooperação orçado em 1 bilhão e 300 milhões de francos CFA para apoiar o programa cantina escolar e tratamento da desnutrição.

O acordo foi assinado pela conselheira da embaixada de Japão e a representante do PAM no país na presença do ministro dos negócios estrangeiros.

Após a assinatura, o ministro Jorge Malu reconheceu que a contribuição dessas instituições vai permitir a criação de condições para a estabilidade. A estabilidade politica e a segurança alimentar são dois elementos essenciais para o desenvolvimento sustentável. Essa vossa contribuição vai criar condições para que haja estabilidade necessária”.

Para a representante do PAM no país Kiwumi Kawaguchi apoio contribuirá para tratamento da desnutrição aguda moderada de mais de 2 mil crianças de 6 a 59 meses em Oio, Bafatá e Gabú, consideradas regiões com maiores índices de desnutrição no país.

Por outro lado assegurou que PAM nos últimos dez anos tem contribuído para o programa da cantina escolar com mais de 173.000 alunos em mais de 750 escolas representando aproximadamente 60% do total de alunos matriculados em escolas primárias em oito das nove regiões do país, excepto capital Bissau.

Entretanto, a representante do governo de Japão Keiko Egusa sublinha que o financiamento visa apoiar esforço do governo para garantir fortalecimento de bases de desenvolvimento económico e social do país. “ A própria Guiné-Bissau passou por tempos difíceis de uma maneira diferente, tendo enfrentado e até muito recentemente te várias crises politicas. No entanto, a estabilidade politica e a segurança alimentar são dois elementos essenciais para o desenvolvimento sustentável de um país”, acrescenta.


Segundo dados de PAM, estima-se que 70 mil pessoas em 200 comunidades serão beneficiadas directamente com esse apoio durante 2018 incluindo 50 mil crianças em idade escolar. Com a Radio Sol Mansi

Dom José Camnaté Na Bissing , bispo de Bissau, pede guineenses para se inspirarem no legado de Dom Settimo Ferrazzetta para enfrentar a crise política

O Bispo da Diocese de Bissau, Dom José Camnaté Na Bissing, pediu este domingo, 19 de Novembro 2017, os guineenses para se inspirarem no legado de Dom Settimo Arturo Ferrazzetta para melhor enfrentar a crise política do país. “Um ser humano não pode ser avaliado pelo que produz, mas deve ser acolhido e amado pela sua dignidade por isso todos os cidadãos devem contribuir para um mundo justo e fraterno”, lançou o Bispo de Bissau.

José Camnaté Na Bissing falava perante milhares de fiéis durante a homilia da Missa do encerramento das celebrações dos 40 anos da criação da Diocese de Bissau sob lema “A Igreja deve indicar a todos o Caminho da Verdade, da Justiça, da Concórdia e do Diálogo Permanente”, realizada no Seminário Menor em Bissau.

Camnaté Na Bissign disse que é importante saber viver o tempo presente de modo digno, aguardando assim a “Vinda do Senhor”.

O responsável máximo da Igreja Católica da Guiné-Bissau, enalteceu as boas obras do primeiro Bispo de Bissau durante 22 anos (seu antecessor), na implantação das missões católicas em todo o território nacional, acolhimento de várias congregações missionárias estrangeiras, introdução de línguas e instrumentos locais na Igreja, diálogo inter-religioso, promoção de justiça social.

“O Primeiro Bispo da Guiné-Bissau, Dom Settimo Arturo Farrazzetta, procurou concretizar na sua vida o ensinamento da palavra de Deus e sempre utilizava essas palavras “A Verdade Vos Libertará”, por isso que gostaria de centrar a nossa meditação sobre a sua figura, não só para recordar dele, mas também e sobretudo para encontrar na sua vida e obra a inspiração necessária e a coragem para enfrentar a atual situação política do país que continua ser inquietante”

A celebração ainda foi marcada com a ordenação de dois padres diocesanos nomeadamente, Victor Pereira e Mateus Ernesto Djata e um diácono, Eduardo Indeque da congregação “Preciosíssimo de Sangue de Cristo.

Participaram na cerimónia da celebração dos 40 anos da criação de Diocese de Bissau que juntou milhares de fiéis de diferentes paróquias das dioceses de Bissau e Bafatá, Bispos da Sub-região, representantes do Governo, da Assembleia Nacional Popular, partidos políticos, corpos diplomáticos, líderes das comunidades muçulmanas e evangélicas do país.

Até 1940 todo o território de Guiné-Bissau dependia da Diocese da Praia em Cabo Verde. Nesse mesmo ano, dia 4 de Setembro, a pedido da Conferência Episcopal da Metrópole, a Província da Guiné Portuguesa é desmembrada da diocese praiense e constituída em Missão Sui Iuris por Pio XII com o nome de Guiné Lusitana. O padre franciscano José Ribeiro de Magalhães é constituído seu primeiro superior eclesiástico. Veio a falecer em 1953. No mesmo ano é nomeado outro sacerdote franciscano, o padre Martinho da Silva Carvalhosa.

No dia 29 de abril de 1955 a missão passa a designar-se por Prefeitura Apostólica da Guiné Portuguesa, e o superior da missão, o padre Martinho da Silva Carvalhosa é eleito o seu primeiro bispo no dia 1 de maio do mesmo ano. Meses depois da constituição da Republica da Guiné-Bissau, ou seja, no dia 1 de Janeiro de 1975, a prefeitura apostólica muda o seu nome para Prefeitura Apostólica de Guiné-Bissau, tendo como centro a cidade de Bissau. É bispo na altura Dom Amândio Domingues Neto, que resignou do seu cargo em 1977, vindo a falecer a 23 de janeiro de 2004.

No dia 21 de Março de 1977 a prefeitura apostólica é elevada à categoria de diocese, tendo a capital guineense a sede episcopal. Settimo Arturo Ferrazzetta, o último sacerdote da ordem franciscana, é designado bispo residencial. Dom Settimo nasceu no dia 8 de dezembro de 1924, na cidade italiana de Selva di Progno. Veio a falecer no dia 26 de Janeiro de 1999. Morrendo com fama de santidade, a causa da sua canonização foi introduzida pela diocese de Bissau. No dia 15 de Outubro do mesmo ano o papa João Paulo II nomeia o primeiro bispo guineense, natural de Mansoa, sacerdote desde 31 de dezembro de 1982. O sua sagração episcopal veio a realizar-se no dia 12 de fevereiro de 2000, sendo sagrante principal o Arcebispo Jean-Paul Aimé Gobel, na altura núncio apostólico em Guiné-Bissau e Arcebispo titular de Calatia.

De 27 a 28 de janeiro de 1990, a diocese de Bissau teve a visita do Papa João Paulo II, primeiro papa a viajar à Republica da Guiné-Bissau. Na altura o Santo Padre encontrou-se com os sacerdotes, religiosos, seminaristas, catequistas e leigos na Catedral de Nossa Senhora da Candelária. Por ocasião da mesma visita pontifícia, foi inaugurado o primeiro Seminário Menor do país, dedicado a Nossa Senhora Estrela da Evangelização. 
Lista dos Bispos de Bissau
  1. José Ribeiro de Magalhães, O.F.M., de 20 de junho de 1941 até 1953.
  2. Martinho da Silva Carvalhosa, O.F.M., de 1953 até 1963.
  3. João Ferreira, O.F.M., de 25 de janeiro de 1963 até 1965.
  4. Amândio Domingues Neto, O.F.M., de 4 de abril de 1966 até resignar em 1977.
  5. Settimio Arturo Ferrazzetta, O.F.M., de 21 de março de 1977 até 26 de janeiro de 1999.
  6. José Câmnate na Bissign, a partir de 15 de outubro de 1999.
Dom José Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau anunciou que a “Conferência Episcopal” que congrega as dioceses da Mauritânia, Senegal, Cabo-Verde e Guiné-Bissau, que esteve reunido em Bissau [de 13 a 18 de novembro], escolheu, para 3 anos, Dom José Camnaté Na Bissing como Presidente do Conselho desta organização católica que reúne anualmente Bispos para discutir a vida da Igreja e situação económica e social dos respetivos países. Camnaté sucede o arcebispo de Dakar Dom Benjamin Ndiaye na presidência da conferência.

A comunidade cristã católica da Guiné-Bissau conta atualmente com duas Dioceses [Bissau e Bafatá], cerca de 40 paróquias e seis dezenas de padres nacionais. Com o "Odemocrata"

domingo, 19 de novembro de 2017

Valorizar os dons que Deus te confia

Jesus ilustra a história de um homem, provavelmente rico, que se ausentando de seu país, chama alguns de seus servos e lhes dá talentos para que administrem enquanto estiver fora. Cada um desses homens recebeu uma quantidade. Aquele senhor, depois de muito tempo, volta e resolve acertar contas com os três homens que estavam incumbidos de administrar suas riquezas. Dois deles administraram muito bem, porém, aquele que recebeu menos foi duramente criticado e punido, pois não fez aquele talento que recebeu render durante todo aquele tempo.

Jesus quer deixar claro quem é Deus. Está na parte final dos seus ensinamentos. Tem consigo os discípulos e, neles, todos os que virão a acreditar na sua palavra. Como nós, hoje. E recorre a três parábolas muito concretas: A da festa nupcial, narrada no domingo passado, a da avaliação final ou do juízo da humanidade e do universo, no próximo domingo que a Igreja celebra como a Festa de Cristo Rei, a de hoje dedicada aos talentos confiados aos servos por um homem rico que vai fazer uma viagem. Por indicação do Papa Francisco este domingo é consagrado especialmente aos Pobres, o que indica uma chave de leitura para o texto evangélico

Mateus elabora uma excelente catequese para os judeus convertidos, destinatários preferenciais do seu evangelho. E faz uma narração em que praticamente todos os elementos têm um especial significado. Vale a pena acompanhar o seu precioso relato.

Um homem parte de viagem. (Mt 25, 14-30). Certamente teria razões sérias: Gosto pela aventura, cansaço das rotinas da vida, tentativas de alcançar novos benefícios, ou o desejo de mostrar uma faceta do seu coração: a confiança nos empregados e no seu agir responsável? Tudo aponta para esta última hipótese. Os dons entregues gratuitamente têm apenas em conta as capacidades dos servos, nem sequer as necessidades ou outras circunstâncias. São à medida de cada um. Sem exigir nada que a ultrapasse. Não pretende sobrecarregar ninguém, nem provocar cansaços estéreis. Nada de “burnout”. Mas uma excelente oportunidade para que as capacidades possam desenvolver-se, afirmar-se, atingir a maturidade. Que propósito sublime e beleza confiante!

A viagem demora o tempo suficiente para que os servos possam realizar o trabalho encomendado. Certamente que, entretanto, vários sentimentos o assaltam, antes de vir encontrar-se com eles. Mas a confiança na sua atitude responsável prevalecia. E que grande alegria se apoderou do seu coração quando ouvia o relato do que havia acontecido aos dois primeiros. Tinham conseguido o pleno: Os cinco multiplicaram-se por outros cinco; o mesmo acontecendo aos dois que alcançaram outros dois. O dono tem uma reacção curiosa, cheia de mensagem: Não reclama nada, mas tudo entrega de novo: as mais-valias e os talentos confiados. Com provas tão positivas, os servos podem desempenhar serviços maiores e saborear a alegria exuberante do seu senhor. Que momento tão consolador! Que desfecho tão surpreendente! Que apreço pela confiança serena e activa!

O mesmo não acontece com o que havia recebido o talento proporcional às suas capacidades e actua de acordo com as regras que conhece: Sabia que és severo; tive medo e salvaguardei o teu talento; aqui o tens. Mateus ao destacar as razões invocadas deixa a claro a força paralisante do medo, a asfixia das capacidades que provoca, a esterilidade da vida respaldada na segurança e na acomodação. Razões que podem iluminar muitas atitudes e comportamentos actuais, e, à maneira de “chicotada psicológica”, abanar consciências adormecidas. E o dono complacente aceita a medida indicada pelo servo medroso. As razões que acompanham a sua declaração visualizam as trevas do seu coração, a solidão em que se colocou, o choro da lamentação consentida. “Tudo isto revela o que impediu o servo de entrar numa relação de confiança”, que é um dos objectivos da parábola. (Vers Dimanche, nº 469).

Deus oferece-nos a possibilidade de viver já a sua alegria. Espera que correspondamos à confiança que tem em nós e cuidemos dos seus dons que enriquecem a nossa humanidade: Os da criação e das criaturas, os da saúde integral e da educação libertadora, os da solidariedade operativa e da caridade a toda a prova, os da celebração dos sacramentos e da participação na missa dominical, os da graça divina como presença revigorante das nossas forças peregrinas.


O Papa Francisco envia-nos uma mensagem especial para o “Dia Mundial dos Pobres” que celebramos, hoje. Dela retiramos este parágrafo persuasivo: “Benditas as mãos que se abrem para acolher os pobres e socorrê-los: são mãos que levam esperança. Benditas as mãos que superam toda a barreira de cultura, religião e nacionalidade, derramando óleo de consolação nas chagas da humanidade. Benditas as mãos que se abrem sem pedir nada em troca, sem «se» nem «mas», nem «talvez»: são mãos que fazem descer sobre os irmãos a bênção de Deus. (da mensagem do Papa Francisco para o dia Mundial dos Pobres, nº 5). Os dons de Deus estão nas nossas mãos!

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Revolucionarias do Povo da Guiné-Bissau, general Biaguê Na Ntan, afastou qualquer possibilidade de os militares intervirem na vida política do país

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Revolucionarias do Povo da Guiné-Bissau, general Biaguê Na Ntan, afastou hoje qualquer possibilidade de os militares intervirem na vida política do país e anunciou o sonho de modernizar o exército guineense.

Num discurso para assinalar o 53.º aniversário da criação das Forças Armadas, Biaguê Na Ntan disse ter o sonho de ver os militares guineenses "a competirem com os melhores da sub-região" africana.

O sonho passaria pela formação e capacitação "constante de todos os militares", modernização das instalações, incorporação de novos soldados, e promoção das mulheres nas esferas de decisão.

"Tenho o sonho de um dia ver uma mulher a chefiar algum ramo das nossas Forças Armadas", declarou o general Na Ntan.

Depois de destacar o contributo das Forças Armadas desde a sua criação no processo de desenvolvimento do país, o CEMGFA enfatizou que os "veteranos que vieram da luta armada" pela independência "estão cansados e querem sair" do exército.

Mas, disse, os que os vão substituir devem ter em mente que as Forças Armadas "nunca devem envolver-se em querelas políticas" e que o seu papel "é o de respeitar a Constituição e o poder civil".

Biaguê Na Ntan pediu aos militares para que coloquem espinhos no corpo para que os políticos não tenham a tentação de se encostar a eles, quando pretendem fazer algo contra o país.

O general disse também que os cerca de 1.000 novos recrutas devem prestar 02 de dezembro o juramento da bandeira.

Em representação das autoridades civis, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Malu, felicitou as Forças Armadas, particularmente o general Na Ntan "pela mudança das mentalidades" no exército guineense.

O político deu como exemplo a transformação do antigo clube militar, situado no bairro da Santa Luzia, no novo hotel das Forças Armadas, hoje inaugurado.

Jorge Malu afirmou que "todos os guineenses deviam acompanhar o general Na Ntan no seu sonho" de modernizar as Forças Armadas do país.

Também presente nas comemorações do dia das Forças Armadas guineense, o coronel Alyntho Gomes de Sá, conselheiro militar das Nações Unidas na Guiné-Bissau, felicitou o trabalho do exército e ainda enalteceu a sua contribuição para o desenvolvimento do país. Com a Lusa

domingo, 12 de novembro de 2017

BUBA: O Centro de Ensino e Formação Agrícola (CEFA) “Santo Isidoro Lavrador inicia suas atividades

Na segunda-feira, dia 06 de novembro, o Centro de Ensino e Formação Agrícola (CEFA) “Santo Isidoro Lavrador”, na Missão Católica de Buba, terreno da Diocese, iniciou o seu primeiro ano de atividades formativas. A Diocese de Bafatá juntamente com a Caritas Guiné-Bissau, através do projeto ACTIVA do Instituto Camões e União Europeia, construiu de raiz este Centro que oferecerá o ensino secundário técnico profissional na vertente agrícola. Neste primeiro ano, 2017-2018, foram abertas duas turmas de 10º ano do ensino secundário, com 65 alunos entre 16 e 32 anos, provenientes de todas regiões da Guiné-Bissau.

O Centro de Ensino e Formação Agrícola Santo Isidoro Lavrador visa preparar os alunos para o mercado de trabalho com ensino profissionalizante de qualidade e conscientização dos seus deveres de cidadania na dimensão pessoal e social. Atuando em interação com entidades regionais, nacionais e internacionais, o CEFA contribuirá para que a Guiné-Bissau melhore a sua prestação técnica no âmbito agrícola.

O CEFA possui uma área de 2 hectares junto às salas de aula para trabalhos diários na horta, multiplicação de sementes, viveiro de mudas, teste de germinação de sementes, entre outros. Possuirá sala de informática e laboratórios de química/biologia, para que os alunos tenham aulas sobre melhoramento genético, diferenciação de sementes, defensivos agrícolas e estudos dos solos.

No próximo ano 2018-2019, o Centro funcionará com a 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª classe. Com o Jardim Infantil já em função há vários anos, e o programa de 1ª à 6ª classe, a Missão Católica de Buba estará em condições de oferecer uma formação completa a um bom número de alunos.

A escolha de Santo Isidoro Lavrador para Padroeiro do Centro foi sustentada em três fatores: 1. A nossa Igreja o reconhece como Santo padroeiro da agricultura; 2. O início de sua santidade está ligado à atividade agrícola. Santo Isidoro estava sempre em oração, mas constantemente seus companheiros avistavam anjos realizando o seu trabalho no campo; 3. O Centro fará a sua festa patronal no dia 15 de maio, dia em que Igreja recorda a memória do Santo Lavrador. O dia 15 de maio marca o início das chuvas e, com elas, o início do ano agrícola na Guiné-Bissau.

Isidoro Lavrador nasceu em Madri, em 1070, filho de pais camponeses, simples e seguidores de Cristo. Morreu pobre e desconhecido, no dia 15 de maio de 1130, em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção.


No dia 12 de março de 1622, o Papa Gregório XV canonizou Santo Isidoro Lavrador, no mesmo dia em que canonizou Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa d’Ávila e Filipe Néri. Com Diocese Bafatá

sábado, 11 de novembro de 2017

Cidadão exemplar Dr. Intunda Na Montche, acredita que o ensinamento com exemplos, permanece. Agradecimento!

Nos últimos dias, o presidente de Sol Mansi Onlus, Dr. Intunda Na Montche, realizou uma viagem de acompanhamento dos projetos que a mesma associação está levando em frente, desde 2007 até hoje, nos campos da educação, da formação e do desenvolvimento Integral das comunidades locais na Guiné-Bissau.

Esta missão tinha como objectivo o acompanhamento do projecto de construção do terceiro pavilhão escolar do "Instituto San Zeno" de kuyo: os trabalhos da nova estrutura tiveram início em junho passado e, com grande esforço e esforço de todos, conseguimos abrir os Voar e dar início às aulas para as classes 7º, 8º e 9º com o início do novo ano escolar, financiados pela Fondazione San Zeno Onlus.

O Complexo Escolar já está a acolher mais de 300 alunos do ciclo escolar: alunos do ensino secundário de 7 a 9 anos de escolaridade. A estrutura acabada de completar, a cobertura e a inserção das mesas, quadros e cadeiras para os professores permitiram o início do ano escolar para os rapazes do Liceu do Instituto de San Zeno de kuyo - antula-Bissau, embora a estrutura ainda não tenha sido Ser completada.

Nossos agradecimentos vão à equipe de pedreiro do geom. Bracia 'N' Quindé que, com grande profissionalismo, estão levando este projeto avante.

Agradecemos também à comunidade de kuyo, que deu um grande apoio à nossa associação, colaborando sempre com o bom êxito do projecto.

Um agradecimento especial para você também, amigos de solmansionlus, que nos apoiam e contribua para a realização destes projetos importantes.



O futuro definitivo será uma festa. Prepara-a

Jesus quer abrir os horizontes do futuro definitivo e mostrar a sua relação com a vida presente. Tem consigo os discípulos e está na parte final dos seus ensinamentos. Deixa o Templo e retira-se para o Monte das Oliveiras. Daí contempla a cidade e, em visão antecipada, vê o que lhe vai acontecer: Não ficará pedra sobre pedra. Dos escombros, surgirá uma situação nova.

Recorre, como bom mestre, a exemplos da vida concreta, acessíveis à compreensão de todos. Hoje, serve-se da realização das bodas de casamento, muito apreciadas pelos judeus, sobretudo pelos noivos e seus amigos. E descreve-a em forma de parábola, tendo como horizonte a história da salvação ou seja a relação que Deus estabelece com a humanidade em ordem a que esta possa experienciar o amor com que é amada. Gratuitamente. E não por méritos alcançados, créditos acumulados.

Proporciona assim aos fariseus, seus adversários intransigentes, um conjunto de elementos que os confrontam com a presunção de estarem salvos por serem quem são, observarem certos costumes e fazerem certas práticas religiosas. Eles, como as jovens da narrativa, são convidados, a iniciativa vem de quem promove a festa e quer vê-los a participar com a luz da alegria.

Mateus, (Mt 25, 1-13), o narrador que escreve a parábola uns bons anos mais tarde, dá-lhe outra acentuação. Face ao que estava a acontecer – a demora em o Senhor chegar -, insiste na paciente espera, na vigilante atenção, no esforçado cuidado em ordem a que os cristãos estejam preparados para o acolhimento indispensável, para percorrerem os caminhos da vida na sua companhia, para passarem a porta de entrada na sala do festim e participarem na boda do amor nupcial.

Jesus quer dizer-nos claramente que o nosso futuro será uma festa e não uma tortura; uma comunhão e não uma solidão; uma celebração da vida plena e não um lamento de desolação e ruína. Deus estará connosco e em nós. E também com os outros e nos outros. Seremos a sua família. Com Jesus, o primogénito, o Senhor. Com Maria, a mulher do sim pleno e da entrega coerente. Com uma multidão de amigos que serão a nossa surpresa agradável pois partilham da nossa feliz herança.

O futuro é como a árvore que está contida na semente. Será o desabrochar do presente transformado pelo amor sincero. A transformação é obra de Deus. A semente e o seu desabrochar, as raízes e o seu alimento são connosco. Constituem a grande aventura da vida, a nossa maior responsabilidade. É agora. Depois, fechada a porta pela morte, já não haverá mais possibilidades. É no tempo presente. Depois, aberta a porta pela morte, será a visão dos frutos da semente cuidada com desvelo e abençoada por Deus Pai, o encanto do coração humano recompensado nos esforços despendidos, a alegria de saborear a surpresa preparada.

Jesus visualiza a sua mensagem nas dez raparigas convidadas para a festa nupcial. Enquanto esperam que o noivo chegue, entretém-se divertidamente. Cansam-se e começam a sentir sono. Adormecem. Com estes pormenores, a parábola faz um retrato da vida de muitos humanos. Distraídos como andam, não advertem no que vai acontecendo. Indiferentes, isolam-se nas ocupações mais rotineiras e banais. Absorvidos pelo que dá gosto, desconsideram tudo o que exige sobriedade e abnegação por um bem maior. E como as jovens estão convidados para a festa da vida integral, plena. Mas esquecem-se.

O noivo faz-se esperar. Quer proporcionar um tempo de paciência confiante e de cuidado vigilante. Ou seja, um tempo de provação da verdade do amor. A chegada é surpreendente. A alegria contida, agora torna-se exuberante. Todas se afadigam para a recepção. É o momento da grande verificação. Os recursos são avaliados. Para umas, o cálculo havia sido errado. E falta o azeite para a candeia iluminar o desfilar do cortejo que se fazia durante noite. E o azeite constitui o sinal visível da relação pessoal com o noivo. Não pode ser pedido, emprestado ou alienado. Seria a perda da identidade própria, a despersonalização da relação reduzida ao anonimato.

A prevenção do azeite da nossa candeia faz-se a partir da mais tenra idade: gestos educados e respostas civilizadas, cultivo de sentimentos positivos e transmissão de valores, atenção lúcida à realidade envolvente e mais distante, escuta diligente da voz da consciência e esforço por lhe dar seguimento, discernindo o que é justo e humaniza, o que edifica os outros e ajuda a construir o bem comum. A luz da nossa candeia brilha com nova intensidade quando acolhe o dom de Deus, simbolizada no Círio Pascal, Jesus ressuscitado que franqueou as portas da morte e abriu os horizontes da vida ressuscitada.

Ao serviço desta abertura de horizontes da vida e da história, está a instituição dos Seminários que realiza, de 12 a 19 de Novembro, a habitual semana de oração e de pedido de colaboração aos fieis. É seu objectivo principal promover “a formação dos futuros pastores da Igreja”. A Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios fez-nos chegar uma Nota Pastoral de que destacamos alguns parágrafos.

“O Seminário é tempo de estar com Jesus e de aprender com Ele a viver no meio das realidades do mundo; é tempo para exercitar a escuta e aprofundar o discernimento acerca da vontade de Deus; é tempo de cultivar um coração dócil, livre e generoso para o serviço de Deus e dos irmãos; é tempo para descobrir o estilo mariano da evangelização que valoriza a proximidade, a ternura e o afeto”. E vem o apelo: Ajudemos os nossos Seminários.

Está ao nosso alcance, fazer da vida uma festa, iluminada pela fé cristã e pelo convívio dos irmãos. Acredita. Prepara o futuro definitivo com opções razoáveis no presente.